segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mais temas para a redação do Enem e outras provas

A Transformação do papel da mulher na sociedade contemporânea
A questão do transporte urbano no Brasil
Álcool e direção: Combinação fatal
Casamento gay
o Petróleo do pré sal brasileiro
A lei de cotas nas universidades
Redução da maioridade penal

FIQUE LIGADO :)

Analisando obras literárias e interpretando-as

- Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
- Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Torna-se importante ressaltar que tais objetivos estão intrinsecamente relacionados ao objetivo maior do Exame Nacional do Ensino Médio, que é – em vez de conduzi-lo a memorizações mecanicistas de conceitos – fazer com que você entenda acerca da aplicação dos termos e suas funções na língua. Vejamos, pois, como na prática isso funciona, partindo do exemplo de uma questão referente ao exame realizado no ano de 2009:       
Cárcere das almas

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!


CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura /
Fundação Banco do Brasil, 1993.

Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:
A- a opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
B- a prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à temática nacionalista.
C- o refinamento estético da forma poética e o tratamento metafísico de temas universais.
D- a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens poéticas inovadoras.
E- a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano.
Confira a resolução comentada do Brasil Escola acerca da questão em evidência:
A questão em evidência tem como verdadeira a alternativa “c”, pois, ao retratar sobre a questão do refinamento estético, ela se refere à construção formal, ora caracterizada pelo soneto, uma forma fixa que relembra os padrões clássicos, bem como a temática que reflete a ideologia simbolista, representando a crise de consciência do ser humano, levada às últimas consequências em função do contexto histórico pertencente à era em voga, ou seja, o Simbolismo.
Para manter-se informado e, sobretudo, “preparado” para obter um bom resultado na prova de Literatura, eis algumas dicas dos conteúdos que provavelmente serão cobrados. Aproveitando o momento, confira também sugestões de links nos quais poderá obter mais informações, ampliando assim seu conhecimento:
O Texto Literário

Estéticas literárias (estilos de época)

Tendências contemporâneas

Obras literárias e contos

Quatro novas obras foram adicionadas à lista:
- "Terras do Sem Fim" de Jorge Amado;
- "Boca de Ouro" de Nelson Rodrigues;
- Doze contos de Murilo Rubião (1 - O pirotécnico Zacarias; 2 - O ex-mágico da Taberna Minhota; 3 - Bárbara; 4 - A cidade; 5 - Ofélia, meu cachimbo e o mar; 6 - A flor de vidro; 7 - Os dragões; 8 - Teleco, o coelhinho; 9 - O edifício; 10 - O lodo; 11 - O homem do boné cinzento; 12 - O convidado);
- "As Parceiras", de Lya Luft.
As obras que permanecem na lista são:
- Seleção de obras poéticas de Gregório de Matos Guerra;
- "O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa);
- "Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida;
- "Esaú e Jacó", de Machado de Assis;
- "A Educação pela Pedra", de João Cabral de Melo Neto;
- "História do Cerco de Lisboa", de José Saramago;
- "O Centauro no Jardim", de Moacyr Scliar;
- "Contos Gauchescos", de João Simões Lopes Neto.
Assim, a lista continua a seguinte:
Viagens na minha terra - Almeida Garrett

Til - José de Alencar;

Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida

- Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis;

O cortiço - Aluísio Azevedo

A cidade e as serras - Eça de Queirós

Vidas secas - Graciliano Ramos

- Capitães da areia - Jorge Amado; 

Sentimento do mundo - Carlos Drummond de Andrade


ALBERTO CAEIRO (heterônimo de Fernando Pessoa)

O Guardador de Rebanhos;

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA

Memórias de um Sargento de Milícias;

MACHADO DE ASSIS

Esaú e Jacó;

JOÃO CABRAL DE MELO NETO

A Educação pela Pedra;

JOSÉ SARAMAGO

História do Cerco de Lisboa;

MOACYR SCLIAR

O Centauro no Jardim;

JOÃO SIMÕES LOPES NETO

Contos Gauchescos.

Matemática

Matemática no Enem


  • AeP → Análise Combinatória e Probabilidade
  • EST → Estatística
  • MAF → Matemática Financeira
  • TRI → Trigonometria
  • ReP → Razões e Proporções
  • GES → Geometria Espacial
  • GPL → Geometria Plana
  • GAN → Geometria Analítica
  • FUN → Funções
  • MAT → Matriz
  • VPO → Valor Posicional
  • LOG → Logaritmo
  • OUM → Operações com Unidades de Medidas
  • PRO → Progressões

Como estudar matemática para o Enem

Não há fórmula mágica que possa nos conduzir ao sucesso, mas sim trabalho duro, persistência, otimismo, motivação, dedicação e planejamento. Confira as dicas abaixo:
  • Comece abrindo mão daquilo que é dispensável a sua vida cotidiana para que sobre mais tempo para os seus estudos;
  • Forme grupo de estudos com colegas que também irão passar pelo crivo do Enem, assim vocês poderão tirar dúvidas entre si e compartilhar as descobertas que facilitarão à realização da prova, mas lembre-se, o foco do grupo de estudos é adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e não discutir sobre a vida pessoal de seus membros;
  • Se algo parecer incompreensível, não desista, busque ajuda com um professor de matemática.
  • Seja otimista, acredite em sua capacidade. Saiba que tudo é possível àqueles que se dedicam e acreditam em si mesmo;
  • Procure se motivar vendo os principais benefícios do ingresso na carreira acadêmica. Tente vê-se estudando o curso desejado, tente vê-se ocupando um lugar no mercado de trabalho como fruto da realização acadêmica, veja-se melhor financeiramente, passeando, realizando sonhos, motive-se;
  • Estude o quanto puder durante o dia, mas com intervalos de 30 minutos para descanso. Lembre-se que se você estiver cansado, com fome ou sono, sua produtividade será bastante reduzida, sendo assim, divida o seu dia em blocos de estudos com intervalos entre eles, se alimente bem, durma bem, se revigore para reiniciar uma nova maratona de estudos;
  • Planeje bem os seus estudos, selecione as disciplinas que serão estudadas mais tempo e as que serão estudadas menos tempo, sempre se lembrando de dar mais atenção às disciplinas da área de exatas, devido à complexidade, bem como a língua portuguesa e redação, devido ao peso das questões. Faça um cronograma de estudos e mantenha a mão um cronômetro dividindo o tempo de cada disciplina. Não se esqueça de reservar intervalos de tempo para o descanso e para alimentação, enfim, planeje seus estudos de acordo com a sua disponibilidade.

Então, mãos a obra :)

Os mandamentos para uma boa redação!

Cada competência vale 200 pontos, totalizando 1.000 pontos para a nota máxima. Os corretores devem avaliar se os estudantes foram capazes de:
  • Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita;
  • Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
  • Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  • Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
  • Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Para aumentar a exigência, um novo item foi acrescido à avaliação da primeira competência, exigindo que o candidato demonstre “[...] excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência”.

Eleições municipais

Só para entender um pouco.

As eleições municipais no Brasil são as eleições ocorridas a cada quatro anos em cada município do Brasil em que os eleitores brasileiros votam nos candidatos à gestão do município. Assim, são eleitos os prefeitos e seus vice-prefeitos, mas também os membros das câmaras legislativas municipais: os vereadores. A legislação da eleição para os municípios brasileiros é equivalente à da esfera estadual e federal no que se refere aos cargos do poder executivo, ou seja, em caso de não havendo vitória de um candidato por maioria absoluta (mais de 51% dos votos), é disputado um segundo turnocom os dois candidatos mais votados no primeiro.
A última ocorreu em 2012. Nas eleições de 2008, além das urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral testou a verificação biométrica de eleitores nos municípios de Fátima do Sul, no Mato Grosso do SulColorado do Oeste, em Rondônia e São João Batista, em Santa Catarina.

Segurança pública e eleições municipais
"O município tem papel de destaque na elaboração e operacio-nalização de políticas públicas de segurança"

Segurança, educação e saúde são, mais uma vez, temas emergentes nas eleições municipais, pelo simples fato de serem problemas crônicos no cotidiano da maioria da população brasileira. Por esse motivo não serão solucionados pelas propostas salvadoras dos candidatos midiáticos que disputam a prefeitura da quinta cidade brasileira.

No caso da insegurança, a situação é mais grave, pois afeta indistintamente ricos e pobres, em Fortaleza. Essa realidade não permite mais que o município tenha atuação de coadjuvante no enfrentamento dessa problemática como ente federativo ao lado do Estado e da União.

Hoje, o município tem papel de destaque na elaboração e operacionalização de políticas públicas de segurança que devem se expressar na transversalidade de suas políticas de habitação, educação, segurança alimentar, geração de trabalho, acesso à saúde de qualidade e a um meio ambiente saudável e seguro onde se possa viver com dignidade ou no que denominamos cidades sustentáveis.

A política municipal na área da segurança não pode ser pensada apartada das demais políticas públicas municipais, estaduais e federais. A palavra de ordem é parceria, e pensar a segurança pública no município só do ponto de vista da atuação repressiva e armada da Guarda Municipal é ignorar o lugar que as políticas de segurança pública assumem no contexto mais amplo da vida em sociedade.

Pensar e fazer segurança pública apartada da sociedade, além de temeridade, é ignorar a importância estratégica da concidadania para o exercício e a manutenção das ações governamentais como políticas públicas efetivas de caráter não meramente emergencial, centradas no enfrentamento das causas do aumento da criminalidade e da violência social (considerando que as soluções e ações dependem, necessariamente, de múltiplos agentes sociais, governo e não governo) e não só do combate aos seus efeitos dramáticos por meio de incursões mais repressivas que preventivas das suas forças de segurança junto aos segmentos mais vulneráveis à condição de suspeitos preferenciais (pobres, pretos, homossexuais, prostitutas, pequenos infratores e delinquentes juvenis das periferias).

Defender essa postura é negar estereótipos comuns, produzidos por uma parcela da sociedade que tem postergado a inclusão da segurança pública como política púbica do Estado de Direito e fechado os olhos para a continuidade de ações policiais identificadas com o “Estado polícia”. A questão central em toda essa discussão é a inter-relação da cidadania ativa com a segurança pública. É, sobretudo, a negação de práticas estereotipadas que teimam em reduzir a segurança púbica a um mero “caso de polícia”.

Glaucíria Mota Brasil
gmotabrasil@gmail.com

Um ano de Primavera Árabe, a primavera inacabada

ESPECIAL: Onda de protestos se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África, derrubou quatro ditadores em um ano e matou milhares

Primavera Árabe como é conhecida internacionalmente, é uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria; também houve grandes protestos na ArgéliaBahreinDjibutiIraqueJordâniaOmã e Iémen e protestos menores no KuwaitLíbanoMauritâniaMarrocosArábia SauditaSudão e Saara Ocidental. Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como FacebookTwitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.

Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), noCairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois, o caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em Sirte, sua cidade natal.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial emSanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.